terça-feira, 31 de março de 2009

Freguesia de Cividade - Braga

Fotos sèrgio Leitão
















Cividade quer de volta três mil habitantes “reintegrados” noutras freguesias
- já podia estar a ganhar 78 mil euros por ano, se conseguisse recuperar população perdida

PEDRO LEITÃO (texto)

A Cividade conta 1800 habitantes, mas já devia ter cinco mil, se lhe devolvessem áreas do seu território que foram integradas em cinco freguesias vizinhas, por obra de equívocos, confusões e… empurrões. Só por isso a freguesia da Cividade estará a perder, anualmente, cerca de 50 mil euros, no âmbito das verbas transferidas pela administração central.
O Fundo de Freguesias atribui – lhe 26 mil euros por ano, mas já teria direito a receber cerca 78 mil, se pudesse conquistar mais de três mil novos residentes com a reintegração das zonas em causa, segundo calcula o presidente da Junta, Luís Macedo, com base na convicção de que esse aumento demográfico “quase triplicava” o valor que a autarquia recebe do Estado pelos actuais 1800 habitantes.
As áreas que a Cividade pretende reintegrar no seu território estão sob a alçada administrativa de S. Lázaro e Maximinos, embora a autarquia esteja também a reivindicar outras que passaram a integrar, há mais tempo, as freguesias da Sé e de S, João do Souto.
“Os habitantes dessas zonas sabem que elas são da Cividade e desejam mesmo pertencer à Cividade, mas continuam inscritos nas freguesias que as administram”, adianta Luís Macedo.
A Junta da Cividade mantém o propósito de reivindicar junto das diversas instâncias do poder a reintegração das áreas desanexadas do seu território, mas pretende antecipar, desde já, qualquer desfecho do caso com iniciativas que mobilizem os residentes dessas zonas para procederem ao recenseamento na freguesia. “É um primeiro passo para a reintegração”, esclarece o presidente da Junta.
A perda de território mais recente ficou a dever – se a urbanizações que se desenvolveram a partir de zonas de S, Lázaro e de Maximinos “para o interior da Cividade”, mas que acabaram por instalar “alguma confusão e alguns equívocos” em relação aos limites. A mais antiga resultou da criação, em 1926, da paróquia de S. Vicente que originou ainda maiores confusões e também maiores equívocos sobre os limites da Cividade, segundo Luís Macedo.
“Nessa altura, alteraram os limites religiosos não só da Cividade como ainda da Sé, S. João do Souto e S. Lázaro, mas fizeram - no ao jeito do “empurrão”: S. Vicente “empurrou” S. João do Souto e esta fez o mesmo com a Cividade, que acabou, afinal, por ser a freguesia mais prejudicada. O erro foi terem coincidido os limites religiosos com os administrativos”, explica o autarca.
“Continuamos a considerar que os actuais 1800 habitantes não reflectem toda a verdade estatística do nosso território, porque abrangem apenas uma parte da verdadeira área da freguesia. A verdade só ficará completa com o regresso das áreas separadas pela divisão dos limites religiosos e também pelas urbanizações que surgiram de fora para dentro da nossa freguesia”, acrescenta o autarca, considerando ter havido mesmo “intromissões claras, em especial por parte de Maximinos, mas que acabaram por ser patrocinadas pela Câmara”. (Pedro Leitão, SNL - Serviço de Notícias Locais/edição Frontera Notícias)
















segunda-feira, 16 de março de 2009

Freguesia de Ruilhe-Braga-THEPOLOART - Grande exportador de peças artísticas para o lar sem espaço em Ruilhe

Equipa de Marketing









Grande exportador de peças artísticas para o lar sem espaço em Ruilhe
- emprega 20 artistas plásticos, mas pode “dar mais emprego” com a construção de novas instalações.


Pedro Leitão (texto)

Um dos maiores exportadores portugueses de peças artísticas para o lar admite abandonar Ruilhe, Braga, onde trabalha há nove anos, por falta de terrenos na localidade para construir novas instalações, que permitam obter “o dobro do actual espaço”.
O empresário - designer confessa que poderá ser tentado a “transferir a actividade para Barcelos ou Famalicão”, se continuar o impasse na afectação de espaços para equipamento industrial, na área dessa freguesia. “É meu desejo continuar em Ruilhe, até por ser natural de cá, mas qualquer dia aproveito as condições que me sejam oferecidas em Barcelos ou Famalicão”, garante.
O presidente da Junta de Ruilhe, António Araújo, reconhece que a saída da freguesia é a alternativa que resta ao empresário, se não dispuser do espaço necessário. “Só ainda não saiu, porque uma parte dos funcionários são de cá”, adianta o autarca.
João Pinto, 39 anos, emprega duas dezenas de artistas plásticos, residentes em Ruilhe e localidades vizinhas, mas acredita que poderá “criar mais emprego” na zona com a duplicação da área oficinal.
O empresário exporta “para todos os continentes”, embora o mercado árabe seja um dos principais destinos das encomendas e o mais exigente, por ser necessário evitar “quadros com nus ou com beijos”
“A América é um cliente esporádico”, esclarece, ainda, João Pinto, adiantando que “tem na mira o mercado da China, por estar ainda por explorar”. Em 2005, o volume das suas exportações atingiu os 750 mil euros. “Se não fosse a actual recessão na Europa e no resto do Mundo, até estaria em condições de aumentar o nível de exportações. Agora, o objectivo é tentar manter o nível atingido, o que já será bom”, acrescenta o empresário. A impossibilidade de aceder a um espaço maior em Ruilhe condiciona – lhe, porém, a actividade, estranhando mesmo que o próprio Estado não estabeleça estratégias de desenvolvimento local para permitir resolver estas situações. “Tenho, afinal, um “sócio” que ganha mais do que eu e que não faz nada”, graceja.
O local em vista para a construção de novas instalações permanece em reserva agrícola, embora a Junta de Freguesia de Ruilhe reclame, desde há muito, a sua desafectação para permitir a “expansão comedida” de uma futura zona industrial.
“A empresa de artigos artísticos para o lar já não está nas melhores condições de instalação, tal como acontece com uma outra unidade industrial. O próprio acesso impede, em ambos os casos, a ida lá de veículos pesados de mercadorias”, observa o presidente da Junta, António Araújo. Até por isso, o autarca insiste “na urgência de uma maior celeridade por parte da Câmara de Braga ao processo de desafectação dos solos necessários”.
O empresário – designer João Pinto considera “que devem ser criados atractivos” com a futura oferta de espaços para equipamento industrial em Ruilhe, nomeadamente através de “isenção de taxas”, para evitar que os terrenos “acabem por se tornar caríssimos”.
“Estamos aqui para gerar riqueza e criar emprego e, por isso, é necessário que a Câmara encontre fórmulas de apoio para estas actividades nas freguesias de origem”, argumenta o empresário.
Na empresa de João Pinto concebem – se quadros e outros adornos para o lar. “Criamos elementos decorativos, mas como arte sempre renovada e ao nosso gosto”, explica o empresário.
A maioria dos jovens artistas que lá emprega possui apenas o ensino secundário. “Só dois têm formação universitária”, acrescenta.
Segundo João Pinto, “são jovens que já tem uma escola” e até constituem, com ele, “o escol que acabou por nascer dentro da própria empresa”. A dificuldade “está em arranjar artistas que façam coisas que se vendam”, esclarece.
O empresário define – se como “um designer de arte”, desde que trocou o emprego numa empresa de cerâmica em Várzea, Barcelos, pela empresa artística que criou em Ruilhe, Braga.
A “brincadeira” começou há treze anos, pouco antes de casar. Na altura, decidiu fazer, ele mesmo, os quadros para decorar a casa onde ia viver em Couto Cambezes com a esposa.
“Houve pessoas que admiraram esse trabalho e, aos poucos, começaram a aparecer clientes para quem comecei a fazer este género de peças, nas horas livres. A partir do ano 2000, passei a dedicar – me em exclusivo a esta actividade”, lembra João Pinto.
Na altura, o empresário já tinha em mente o mercado externo, mas nunca imaginou que, em poucos anos, viesse a atingir níveis de exportação muito elevados. O “chave” para o sucesso foi a aposta nas feiras internacionais, “sobretudo em mercados pouco explorados, pois não gosto de entrar em países já batidos no negócio”. A primeira prospecção foi numa feira da República da Irlanda, há sete anos. “Mandei lá duas funcionárias administrativas. Não pude ir, porque o certame coincidiu com o nascimento das minhas filhas gémeas”, recorda.
Na altura, até o aconselharam a não participar nessa feita da Irlanda, mas João Pinto deixou –se “guiar pelo instinto” e acabou por conseguiu o seu “primeiro grande cliente” fora de Portugal. Tomou – lhe o gosto e não mais parou de participar em feiras internacionais.
Hoje são empregados que lá vão representar a empresa, mas o empresário já teve a oportunidade de “visitar 20 países”. Só tem pena de “não os ter conhecido”, durante essas viagens. “As pessoas invejam – me, de certo modo, por viajar muito, até dizem que levo uma boa vida, mas enganam – se, porque, sinceramente, acabo por não conhecer nada. Chega – se, aterra – se, vai – se à feira montar o stand e, depois, nos dias em que lá permanecemos, é andar da feira para o hotel e do hotel para feira. Só vejo ruas e aeroportos”, garante.
Aprendeu a ser perseverante com a actividade exportadora. Se não fosse assim, nunca teria conseguido “a primeira grande avalanche de clientes do mercado árabe, entre sírios, libaneses, turcos e até negociantes da Arábia Saudita”. Esteve duas vezes no Dubai a tentar a sua sorte, mas só foi bem sucedido à segunda vez. “Como em tudo na vida, hoje perde - se, mas amanhã ganha - se”, exemplifica, garantindo que tenta sempre “tirar coisas boas das más experiências” para ficar prevenido numa segunda oportunidade. (Pedro Leitão, Serviço de Noticias Locais/edição jornal “Frontera Noticias







Empresário Designer João Pinto

















Fotos Sérgio Leitão

terça-feira, 10 de março de 2009

Freguesia de Lomar







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Lomar ameaça bloquear estrada para exigir alargamento de ponte

Pedro Leitão (texto)

Habitantes de Lomar, em Braga, ameaçam bloquear a estrada nacional 309 para exigir o “alargamento imediato” do tabuleiro da Ponte Nova, que integra a referida via, e ainda “condições de segurança” para os peões nos outros troços existentes na freguesia.
“Só nos resta recorrer a formas de luta drásticas, se continuar a actual situação de perigo por falta de alargamento da ponte e de medidas que eliminem também os riscos de acidente noutros pontos da estrada 309, na área de Lomar”, argumentam os moradores que preconizam o recurso ao bloqueio “como única hipótese de protesto”.
São oito mil habitantes que vivem, desde há muito, com o “credo na boca”, por causa da “insegurança de uma estrada”, clamam esses residentes.
A freguesia está a servir de “escapatória” para a auto – estrada, por ficar agora mais perto de um dos “nós” de ligação, através da variante sul de Braga. O tráfego “aumentou imenso”, mas os troços da “EN 309” em Lomar integram área urbana com vida própria, que desaconselha a sua utilização como acesso alternativo a condutores que se dirigem para diversos destinos interurbanos.
O resultado funesto da situação é evidenciado pela passagem constante de veículos pesados, para além de ligeiros. “É uma média de seis carros por minuto”, calcula o presidente da Junta, Manuel Dias, salientando a “grande insegurança” que paira sobre os peões, nomeadamente crianças e idosos. “Ocorrem atropelamentos quase todas as semanas”, garante o autarca.
A colocação de rails é também reivindicada nos pontos onde são frequentes os despistes. Nas proximidades do cemitério já estão quase todos derrubados os “mecos” que lá existiam para a delimitação da estrada.
A Ponte Nova também é estreita para acolher tanto trânsito e até por isso obriga a paragens constantes de veículos para permitir assim a cedência de passagem. Os maiores constrangimentos ocorrem durante a presença de pesados, mas o espaço dessa travessia também impede, praticamente, o cruzamento de automóveis ligeiros, que irrompem muitas vezes no local em velocidade pouco recomendável. “Todas as semanas há lá acidentes com veículos, uns mais aparatosos do que outros. Alguns até já chegaram a cair ao ribeiro”, adianta o autarca.
Parte do primitivo parapeito em pedra acabou por ser destruída em resultado desses embates, mas foi reparada, não com a reposição da pedra, “como seria indicado para manter a traça original”, mas “com estrutura em cimento”, descreve o presidente da Junta.
A ponte não dispõe de espaço para a circulação em segurança de peões, apesar de ser ponto de passagem obrigatória para inúmeros moradores da zona, sobretudo os que se dirigem com crianças para a paragem dos Transportes Urbanos lá instalada.
O Instituto de Estradas “nunca respondeu às dezenas de ofícios” que lhe dirigiu a autarquia de Lomar a solicitar o alargamento da ponte e a melhoria das condições de segurança da estrada, na área da freguesia. “Há cinco anos fomos apenas informados que o assunto tinha sido remetido para os Serviços de Pontes, em Almada, mas continuamos sem saber o rumo que lhe deram”, esclarece Manuel Dias.
Até a limpeza da estrada 309 tem sido negligenciada. “Antigamente, havia muitos cantoneiros da ex – JAE a fazer essa limpeza com alguma frequência. Agora, a operação ocorre de longe a longe e passa mesmo despercebida. Suponho que deva estar a ser feita por empreiteiros contratados. Ainda assim, seria o descalabro, se não fosse a Junta de Freguesia encarregar – se muitas vezes da limpeza”, observa Manuel Dias.
O “problema de comunicação” agrava – se com a falta de interlocutores em Braga do Instituto de Estradas, ao contrário do que acontecia há poucos anos. “A delegação de Braga foi transferida para Vila Real. Só ficou uma mini – delegação com poucos funcionários, que remetem tudo para Vila Real”, lamenta o autarca, acrescentando: “Isto não devia ter acontecido num distrito como o de Braga, que tem cerca de 10% da população do país, Admira – me até que os políticos de cá nada tenham feito para evitar essa transferência, pois não faz sentido que o distrito de Vila Real, com menos gente do que Braga, acolha agora a grande sede de uma delegação regional do Instituto de Estradas”.
O presidente da Junta de Freguesia declina, por isso, “quaisquer responsabilidades” pelas consequências de “uma eventual posição de força” por parte da população, mas reconhece que “só assim o Instituto de Estradas despertará para a necessidade urgente dessas obras”.
A “avenida principal” de Lomar é a própria estrada nacional 309 por constituir, praticamente, a única “artéria” ao dispor da maioria dos habitantes para as ligações internas e também para as deslocações entre a freguesia e a cidade de Braga, e vice – versa. Os troços de Lomar dessa estrada nacional até já integram a toponímia local, após terem sido divididos em seis ruas, ou seja, as do Couteiro, Mouta, Doutor José Azevedo Ferreira, José Lopes da Silva Granja, Bouça e Veiga, que compreendem um trajecto de estrada com cerca de quatro quilómetros.
“Toda a vida cívica de Lomar pulsa pela estrada 309, uma vez que, à face dela, estão edifícios e equipamentos públicos, nomeadamente a Escola Primária, a Igreja Paroquial, o Centro Social e Paroquial, a Sede da Junta, e ainda um sem – número de habitações, algumas delas surgidas com recentes arranjos urbanísticos, além de estabelecimentos comerciais”, observa Manuel Dias.
Na área de Lomar, a estrada está transformada, desde há cinco anos, em acesso alternativo à variante sul, que dá ligação ao Porto e a outros destinos interurbanos, através da auto – estrada,
Na altura, esperava – se que a abertura do novo “nó” de ligação à variante sul, nos limites com Figueiredo, fosse “aliviar” Lomar do tráfego rodoviário, até pela convicção de que só iria ser útil para o escoamento do trânsito local com destino a diversos pontos de Braga e outros centros urbanos. “Afinal, o tráfego aumentou ainda mais na área de Lomar e tudo porque passaram a fazer do centro da nossa freguesia, através dos troços da 309, uma “escapatória” para a auto – estrada, o que podiam ter evitado com a construção de um acesso directo”, argumenta o presidente da Junta. (Pedro Leitão, Serviço de Noticias Locais/edição jornal “Frontera Noticias)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Construção do centro Ibérico


onde vai ser construido o novo centro ibérico junto ao parque da rodovia